Why can't I have it all?
Eu estava muito cansada de todas as séries, filmes e músicas me mostrarem que as pessoas, principalmente mulheres, tem que escolher entre a vida pessoal e a profissional. Eu decidi que não vou tomar uma decisão dessas. Certo, é uma escolha, mas no final eu terei tudo. Porque eu posso.

O que eu mais queria agora era começar o curso de Relações Internacionais em Fevereiro, mas há tantos (nem tantos, mas um fator muito importante) que me impede de tomar tal decisão.
A outra alternativa é passar seis meses da minha vida parada e depois começar o curso de Direito, que vai me levar ao objetivo final de qualquer jeito, e lidar com a frustração de passar esse tempo sem ser realmente produtiva.

No começo eu fui bastante contra à essa ideia por puro orgulho. Eu não queria ver todo mundo em seus respectivos cursos enquanto eu fico em casa jogando Guitar Hero, eu não me orgulho disso. Mas eu também não posso viver minha vida sem pensar em mim. Eu preciso mais do que nunca desses seis meses, muitas coisas podem se resolver e depois desse ano, eu acho que mereço.

Há coisas, como as pessoas que a gente ama, que não podem ficar em espera e mesmo eu tendo aprendido a ser um pouco egoísta, essas pessoas são de extrema importância para mim. Eu posso estar perto delas enquanto espero esses seis meses e quando eu chorar e fizer drama por ser uma inútil, eu não vou estar sozinha.

No final eu posso acabar amando Direito da forma que amo Relações Internacionais, eu já gosto muito, toda a ideia me encanta e eu adoraria mesmo fazer um nome como advogada. Ou eu posso fazer RI logo depois de Direito, eliminando algumas cadeiras e morrendo de alegria, tendo mais experiência para o Instituto Rio Branco.

No final das contas, eu vou chegar aonde eu quero em vez de correr para RI e ficar quatro anos longe das pessoas que eu mais amo na vida. Pode não ser a decisão correta e muitas pessoas podem me julgar por isso, eu não me importo, mas é o que vai me fazer feliz, eu tenho certeza.

The 63rd Annual Modern Family Awards
Apenas hoje eu consegui me acalmar o suficiente para tentar comentar sobre o Emmys, ou Modern Family Awards. Ninguém, absolutamente ninguém para quem eu estava torcendo ganhou, mas eu já estou acostumada, não importa pra que gênero eu vá, é sempre a mesma coisa. Esse ano eu fui super "pro-comedy" eu só queria assistir até melhor série de comédia e pronto, ir dormir, mas resolveram colocar no final, pra meu desespero.

Goodies:

  • Muitos já cansaram da Sue, mas não há como se cansar de Jane Lynch. A abertura não foi nada tão revolucionário e se o Alec Baldwin estivesse ali para ser o CEO seria muito melhor. Mas conseguiu mostrar o porque de eu amar tanto a televisão (amar televisão não significa que eu tenho que aturar algumas novelas daqui, nem comecem.) e eu sou muito louca por números músicais. Na abertura Lynch passa de uma sala de operação, para um apartamento cheio de nerds e depois para um escritório com publicitários dos anos 60. E essa é uma das razões de eu amar tanto a televisão. Todas essas histórias e personagens diferentes sendo tão bem escritos, novas culturas e novas manias entram na nossa casa sem a gente perceber. Nos últimos anos grandes programas foram escritos e produzidos e têm sido uma época ótima para a televisão. Adoro o fato de poder fazer parte desse grande fandom.
  • Miss Emmys 2011. Quando eles anunciaram Rob Lowe e Sofia Vergara (um casal muito lindo, por sinal) eu já estava segurando com força na minha mesa, sabia que era a categoria da Amy Poehler e depois de mencionarem "I Love Lucy" (way to kill me, ugh <3) eles chamaram ninguém menos que a Amy para ser a primeira  e eu estava louca esperando a carinha fofinha aparecer na minha tela e todos aplaudindo, mas não foi o que aconteceu. A pessoa subiu louca no palco e ficou la mesmo, por um momento eu pensei "WHAT THE FUCK, AMY?" E então eu lembrei de uma entrevista em que ela fala que ela sente falta das coisas que faziam nos Emmys passados, quando Chevy Chase foi chamado e todos subiram no palco e comemoraram quando o outro ganhou no Emmys de 1970. Todas ali, enfileiradas, como se estivessem concorrendo à Miss e eu com uma vontade louca de chorar, eu me segurei. Quando todos aplaudiram de pé, pessoas gritando, a cara de orgulhoso do Will Arnett eu tinha decidido que era meu fim, mas não iria chorar. Não choro mais por Emmys. E então a Melissa ganhou e eu fiquei tão maravilhada com a reação de todas que eu nem liguei pelo fato de que minha favorita tinha perdido, de novo. Eu só conseguia pensar "Life is beautiful and nothing hurts." Obrigada, Amy, pelo melhor momento do Emmys dos últimos anos.
  • Quando Melissa McCarthy e Amy Poehler foram apresentar o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante em uma Série Dramática eu ri da coincidência dos fatos, mas elas foram perfeitas. Começaram falando de como era bom e novo ver os homens finalmente conseguirem papeis importantes e complexos na televisão, não precisam mais ficar la parados e lindos sendo apenas marido de alguma personagem. Sim, elas estavam sendo sarcásticas. Mas a verdade é que sim, é muito bom ver que as mulheres estão tendo ótimos papéis na televisão, ainda mais "as mulheres da comédia". Foi ótimo ver as várias faces de Lisa Cuddy em House, a transformação de boazinha e bobinha de Juliet em uma mulher que pode matar para salvar a irmã. E Leslie Knope que no começo era "Michael Scott de saias" e se transformou em uma das personagens mais fortes e adoráveis da televisão atual. Girl Power!
Badies:

  • Modern Family, precisava ganhar completamente todos os Awards? Minha raiva começou bem antes quando deixaram o Nick Offerman de fora e colocaram 4 dos seus atores lá. É totalmente injusto. A série não tem nada a ver com isso, eu sei, mas não consigo evitar. Só por algumas cenas eu percebo que deve ser engraçado e eu já assisti um episódio, pois é. Não estou aqui julgando, mas não acho que a série tenha sido tão consistente e engraçada quanto essa temporada de Parks & Recreation. Todos perceberam isso, todos os fãs e críticos, absolutamente todo mundo, estava com esperanças em relação a P&R. Mas tudo bem, outro ano virá e vamos ver quem ganhará tudo.
  • Mesmo amando Melissa McCarthy eu não acho que ela seja tão engraçada em Mike & Molly quanto a Amy Poehler em Parks & Recreation. Quero dizer, quem assiste Mike & Molly, anyway? Eu amo a Melissa, ela simplesmente roubou a cena em Bridesmaids, o que não é facil tendo Kristen Wiig e Maya Rudolph no elenco, mas mesmo assim, deveria ter sido da Amy. 
  • Steve Carrel deixa The Office sem nenhum Emmy, eu nem vou comentar muito aqui porque ele é Steve Fucking Carrel e merecia um prêmio só por existir.

Special Event
Eu não vou dar uma de louca e desejar parabéns para uma pessoa que nem vai ler nada aqui, já tem um vídeo pra ela, enfim... Sabem quando várias coisas acontecem e só no final você percebe que é tudo fruto de um processo bem lento? Eu achava que as coisas aconteciam de repente comigo, mas percebi que não.

Tudo começou em 2004, quando eu tinha 10 anos, e via na TV mulheres sendo absolutamente tudo, de feiticeira à cozinheira à gênia. E eu pensava que podia ser tudo também. Depois eu vi mulheres comandando um hospital inteiro e outras dominando o mundo com música e dança, achava que não podia ficar melhor do que isso. Não preciso nem dizer o quanto me enganei.

Todos falam das loucuras de fãs e tendem a generalizar, mas a verdade é que existem os loucos, os contidos, os apaixonados, aqueles que mesmo sabendo ser impossível, ainda querem conhecer seu ídolo e os que se contentam em ver a pessoa pela TV ou ouví-la apenas na rádio (os conformados).

A questão é que esse sentimento não é algo explicável, não é algo que se pode marcar a data de início no calendário, é algo que simplesmente acontece.

Em 2008 assisti um filme que uma vez chamei de "gostosinho de assistir", nunca imaginei que as protagonistas desse filme se tornariam tão importantes para mim. Sabe quando uma amiga te da um conselho? Ou sua mãe? Pois é, eu nunca tive isso e de acordo com minha psicóloga, eu procurei por esse afeto em meios exteriores, não me arrependo de nada.

Amy Poehler me ensinou que eu posso fazer o que eu quiser se eu tiver determinação o bastante, me ensinou que eu posso ser boba e inteligente ao mesmo tempo e me ensinou a compartilhar meu coração mesmo quando estiver partido.

Hoje é seu aniversário, mas estou para escrever isso há algum tempo, graças à Amy eu conheci uma das melhores personagens da televisão: Leslie Knope.

Alguém uma vez me disse que assistia a série, mas a Leslie era burra demais, nunca senti tanta raiva. Ela é uma personagem e (graças à Amy, novamente) não uma caricatura. Ela tem sonhos, ambições e, sim, seu otimismo e ingenuidade podem fazer dela uma personagem bobinha, mas a verdade é que o mundo seria bem melhor se existissem mais Leslies.

Provavelmente
ela não chegará a presidencia, mas ela se sente feliz por ter a oportunidade de tentar. Essa gratidão às pequenas coisas da vida colocam um sorriso no meu rosto e eu me pego agradecendo por coisas que antes não agradecia.

Na minha cabeça a Amy tem muito da Leslie, ela não é ingênua e ela mesma disse ser mais cínica, mas são suas qualidades que me fazem feliz, sua ambição, inteligência e habilidade e tornar tudo um pouco mais colorido, mais brilhoso.

Pessoas podem discutir dizendo que eu não a conheço, mas não é verdade, eu a conheço do mesmo jeito que outros fãs também a conhecem, ela representa uma coisa diferente para cada um e essa é a beleza do fandom.

Não estou escrevendo à ninguém senão à mim mesma, quando estiver triste e achar que nada importa, passarei por aqui e voltarei a lembrar que algumas coisas são constantes em nossa vida, eu sei que tenho muitas constantes na minha e Amy Poehler é, com certeza, uma delas.

EMMY, EMMY, EMMY
Eu tava ali morrendo com uns posts antigos daqui, eu era estúpida, meu povo. Não melhorei tanto assim, mas pelo amor, gosto de acreditar que evoluí. Mas enfim, eu estava olhando minha listinha do Emmy do ano passado, ninguém que eu queria ganhou, ha. Mas esse ano todos vão ganhar. BOOOOOOOOOM

Porque pela primeira vez eu não estou louca por uma série de drama, então o pessoal de The Good Wife pode ganhar tudo e depois mandarem a Lisa concorrer, por favor. Estou pouco me lixando pra House e I don't feel bad about it, suck it.

Agora na comédia as coisas ficam diferentes, reviravoltas do mundo, gentes. Parks & Recreation vai ganhar e o Louis C.K também, já que não tem Nick Offerman la. E também, esse ano vai ser da Amy Poehler, gente, não é possível uma coisa dessas. Queria que ela pudesse dividir com a Tina e fico "awn, queria que as duas ganhassem" mas a Tina já tem 7 Emmys então... vez da Amy.

E sim, isso é o Emmy pra mim, sem contar Red Carpet e as apresentações la, vai ser tudo lindo. Um ano de paz nesse mundo muito distante da minha realidade.

Glitter de Principiante
❝Não vou levar a vida carregada de tristeza e deixar essa magia passar batida
Reluzindo na vitrine glitter de principiante, gloss de beijo de amante. 


Pois é, mais do que nunca eu vou começar a seguir os conselhos das músicas que tanto amo. Muitas vezes a gente passa por coisas e acha que somos experts naquele sentimento. Muitos acham que dezoito anos muda tudo. Um número não muda seu jeito de pensar, você quando tinha dezessete anos é a mesma pessoa que agora tem dezoito, a diferença é que pode -legalmente- beber, dirigir e ser preso. 
Eu cansei de me preocupar demais com a vida e com as pessoas da minha vida até, como se fosse o último momento dela, eu me desgasto e as pessoas parecem nem notar. Não faço para ser notada, mas não receber nenhum respeito pelo esforço que se faz não é o melhor sentimento do mundo. Eu não vou parar de amar as pessoas que amo ou começar a fazer amanhã o que eu posso fazer hoje, não. Eu vou apenas parar de me importar com quem não da a mínima pra mim, vou parar de me esforçar para as outras pessoas, familiares por exemplo, quando só o que eu recebo são críticas. Vou aprender a finalmente ser egoísta. Existem coisas que uma pessoa não é feita para aguentar e eu tenho tentado aguentar isso como se fosse alguma Mulher Maravilha e simplesmente não da.
Não vou me desgastar pelo meu futuro senão ao chegar la estarei completamente saturada e nenhuma das minhas idealizações serão realizadas. Eu vou me focar no que me faz sentir bem, vou me focar no que me faz feliz. Se passar o dia inteiro escutando música me faz feliz, bem, é isso que eu vou fazer e eu não vou me importar nenhum pouco se você gosta ou não. Exceto que sim, vou me importar, mas isso é algo que eu estou tentando mudar, então...

Por entre fotos e nomes, os olhos cheios de cores, o peito cheio de amores vãos
Eu vou, por que não, por que não...

What the what?
Eu tinha prometido à mim mesma que não viria mais aqui falar de sentimenos e essas coisas, mas não sou dessas que tem um diário debaixo do travesseiro e não falar nada pode ser muito ruim, pergunte a qualquer psicólogo. Eu sei que nem muitas pessoas lêem isso aqui e eu tenho esse blog há tanto tempo que me sinto bem postando as coisas aqui. Enfim, minha vida está até boa, se você der aquela olhada superficial e eu não reclamo, sério. A parte boa da minha vida agora daqui há alguns anos será chamada de "parte profissional" é engraçado o quanto estou confiante sobre meu futuro profissional e eu devo isso a algumas pessoas que eu nem conheço pessoalmente, I don't really give a fuck. A questão é, essa é a única parte da minha vida que não está constantemente na parte duvidosa do meu cérebro. Eu comecei a pensar "Eu vou ser isso e pronto. Vou conseguir esse trabalho e pronto." E eu sei que vou conseguir. SE, por acaso nada dê certo, bom, a gente pensa nisso na hora. Mas as outras partes da minha vida parecem estar com um grande ponto de interrogação e isso acaba comigo. Acho que vou me focar na parte feliz da minha vida e deixar o resto ir desenrolando, sim eu estou tentando fugir da responsabilidade aqui, mas sei que não dura por muito tempo sei que cedo ou tarde eu terei que encarar todos os problemas e tentar resolvê-los. Não sei se vou conseguir, mas é melhor contar uma história de fracasso tendo tentado do que uma de fracasso por não ter tentado nada.

Vivien Leigh: Anatomia de uma estrela
Nem todos os atores de filmes são estrelas. Qualquer um pode estar em um filme, e na era de ouro de Hollywood existiam tantos "wannabies" e esperançosos como existem hoje em dia. Muitos deles apareceram em dezenas de filmes, mas nunca chegaram realmente ao topo. Precisa-se de uma combinação especial de fatores para conseguir aquela "star quality". Clark Gable tinha. Como também Bette Davis, Marilyn Monroe, Gary Cooper, Cary Grant e Jimmy Stewart. Vivien Leigh tinha também. Mesmo com as constantes alegações de Vivien em que dizia que era uma atriz* e não uma "film star", ela era sim uma "film star" e muito boa, por sinal. Ela era a definição de "star quality".

Mas o que é "star quality" exatamente? Uma potente combinação de glamour, carisma e uma imagem publica maior que a vida. Esses artistas eram extremamente populares em seus dias de glória, e ainda não foram esquecidos. O que é verdade falando em Vivien Leigh, que até hoje está na cabeça de muitos cinéfolos e críticos por sua atuação nos dois filmes que lhe garantiram suas duas estatuetas do Oscar - E o Vento Levou (Gone With The Wind) e Uma Rua Chamada Pecado (A Streetcar Named Desire) - e ainda são considerados por muitos dois dos melhores filmes da história do cinema.

Vivien Leigh, anatomia de uma estrela.

Glamour;
- s.m. (pal. ingl.) Encanto; simpatia; charme.
Vivien Leigh era a definição de glamour. Mesmo quando não estava toda maquiada e arrumada, mesmo com calças e blusas básicas, ela tinha glamour. E fazia isso sem esforço algum:


Carimsma;

- s.m. Conjunto de qualidades de liderança política tidas como excepcionais ou sobrenaturais e que, por isso, levam ao fanatismo popular.
Depois de E o Vento Levou, Vivien Leigh virou a coisinha mais comentada do mundo. A queridinha da América e da Inglaterra. Ela iluminava as telas, falava com facilidade para multidões, tinha uma aura calma e tranquila em volta dela, um sorriso que iluminava salões e como Rhett Butler diria "mais charme do que a lei permite".



Vivien parecia de alguma maneira, intocável, como se não fosse deste mundo; como se existisse em um mundo paralelo que não permite entrada de meros humanos. Talvez seja porque ela morreu jovem e sem fazer muitos filmes. Talvez porque ela foi a metade de um dos maiores romances do século 20, ou porque era uma figura trágica. Não importa o motivo, ela tinha e ainda tem várias pessoas que a idolatram e a admiram como atriz ou pessoa, mesmo não estando mais entre nós. Ela continua a fascinar as pessoas, e enquanto essas pessoas continuarem a querer aprender sobre ela ou assistir seus filmes, ela nunca será esquecida. Isso é "star quality".